Ações nas Escolas Conectadas


Esta rede de pesquisadores e instituições que se apresentam juntos neste projeto propõe um trabalho colaborativo multi e interdisciplinar de ação e reflexão
Ou seja, a investigação e a pesquisa de ações inovadoras na e com as escolas, que partam do chão da escola e que proponham um outro ecossistema que oriente novas práticas e políticas.

Fonte: Acervo do Projeto Conexão Escola-Mundo.
Da esquerda para direita: Nelson Pretto (UFBA), Andrea Lapa (UFSC), Josalba Vieira (Diretora/CA-UFSC), Antonio Bartolomé (UB/Espanha)

O objetivo final está na criação de metodologias transformadoras para a formação cidadã que estabeleçam na escola um novo paradigma, centrado em uma educação para a autoria, colaboração e produção, a escola com jeito hacker de ser.

Um hacker tem participação ativa no seu grupo social:
produz conteúdos e os faz circular imediatamente
para que possam ser testados e aperfeiçoados por todos.

Projeto Conexão Escola-Mundo, 2018.
Fonte: Acervo do Projeto Conexão Escola-Mundo, 2019.

Inspirados na forma de existir dos hacker, poderíamos pensar em alguns outros elementos para o sistema educacional que estamos a vislumbrar:
  • ✎ O acesso a todo e qualquer meio de ensino deve ser total aos que querem aprender.
  • Desconfiar da autoridade significa pensar que professores, livros e qualquer fonte de informação deva ser lida com crítica, com uma profunda atenção, sempre se buscando comparar e encontrar outras possíveis fontes para ver os mesmos fatos a partir de outros ângulos.
  • ✎ Os processos de aprendizagem precisam estar centrados, da mesma maneira que deve ser defendido o livre acesso a todo tipo de informação, numa lógica baseada na criação e produção de culturas e conhecimentos e não no mero consumo de informação.
  • ✎ É necessário compreender a diversidade de saberes, culturas e conhecimentos trazidos para a escola por alunos, professores, mídias e materiais didáticos. Isso, se trabalhado na sua extensão, favorece a formação e a criação.
    Como as escolas não estão preparadas para lidar com a complexidade e a pluralidade de opiniões dos seus alunos, elas acabam destruindo, ao longo de sua escolarização, a criatividade, fazendo (e achando que conseguem!) com que todos os jovens pensem da mesma forma.
    Necessário se faz superar essa visão.
  • A cópia é parte do processo de aprendizagem e deve ser defendida, assim como o livre acesso a todo tipo de informação.
    O que vemos é que, apesar de nas séries iniciais o compartilhamento dos bens, como brinquedos e materiais escolares, ser estimulado pelos professores, conforme os anos vão avançando o aluno aprende que a troca de informações tem certos limites e que a cópia não é bem vista no ambiente acadêmico.
Fonte: Acervo do Projeto Conexão Escola-Mundo, 2019.
  • O erro não deve ser criminalizado e nem mesmo evitado, pois ele faz parte dos processos de aprendizagem que têm como foco a busca deformar cidadãos criadores de conhecimentos, saberes e culturas.
  • ✎ A arquitetura das escolas deve ser tal que possibilite que as atividades se deem de forma muito mais livre e coletiva
    Não deixando, obviamente, de haver espaço para uma aula, um quadro negro (ou branco), uma biblioteca com livros e coisas com que estamos já acostumados no ambiente escolar. Mas essa não pode ser a dominância espacial do projeto.